Porque não devemos deixar de ir à Praça do Giraldo, em Évora, no dia 28 de Junho, pelas 10:30?- Porque o actual Governo com a introdução dos mapas de pessoal anuais põe em causa os nossos empregos;
- Porque com o SIADAP dificilmente poderemos progredir na carreira;
- Porque o actual Governo quer-nos pôr a trabalhar 10 horas por dia sem nos pagar mais;
- Porque o nosso poder de compra tem vindo a reduzir todos os anos;
- Porque o actual Governo aposta tudo na precarização dos nossos empregos;
- Porque para o actual Governo ser funcionário público é quase um crime;
- Porque introduz a polivalência total na administração pública;
A Direcção Regional Évora
1 comentário:
O conhecimento da aflição das pessoas com deficiência, no território, torna mais acutilante a determinação de agir em solidariedade com as organizações de defesa dos Direitos Humanos (incluindo das pessoas com deficiência) em todas as acções que exprimam a urgência da mudança.
A convicção expressa pelas pessoas com deficiência, principalmente nas regiões interiores, que o Governo optou pela exclusão justifica o caminho do protesto/luta definido pela APD – e delegações territoriais – porque o diálogo falhou, em toda a linha, por responsabilidade do Governo e órgãos desconcentrados sob tutela governamental.
Apesar da aprovação de algumas leis – que não cumpre – o Governo pôs em prática a exclusão: saúde; educação inclusiva; emprego; benefícios fiscais; tabelas de incapacidades, entre outras, concretizam a ofensiva deste Governo contra as pessoas com deficiência – e suas organizações representativas; o futuro próximo é sombrio! Espera-nos: a farsa da educação inclusiva; a mentira do acesso à saúde; o ataque ao direito ao trabalho, programado na revisão do Código do Trabalho: introdução de facilidade no despedimento, através da inadaptação; revogação, através de subtis estratagemas, da directiva europeia que proíbe a discriminação em matéria de emprego, embora o Governo faça a costumada demagogia, sem nenhuma credibilidade, porque, como nos últimos anos, as organizações das pessoas com deficiência não foram ouvidas. À semelhança da grande manifestação, 05 de Junho, a Associação Portuguesa De Deficientes (Delegação Distrital Évora) convida as pessoas com deficiência a participar na concentração, Évora, 28 de Junho, 10.00h30m, juntando às razões do protesto todas as nossas «razões particulares», denunciando intimidações e ameaças veladas que nos dirigem os nossos falsos amigos, cheios de «falas mansas», mas prontos à represália, quando exercemos os nossos direitos.
A inclusão das pessoas com deficiência precisa da visibilidade dos sofrimentos, vexames e discriminações que nos relegam à marginalização com a indiferença e conivência dos órgãos cujo dever de zelo e dedicação é constantemente desprezado.
A DDEAPD reafirma plena solidariedade à USDE (CGTP/IN) nas causas desta concentração, certa que as nossas causas merecerão idêntico acolhimento.
A DDEAPD recorda às pessoas com deficiência: a inclusão que propugna e as nossas mais queridas aspirações conseguem-se em acções solidárias com todas as organizações activamente comprometidas na mudança rumo: à defesa dos Direitos Humanos das pessoas com deficiência; à superação de todas as discriminações; à construção da sociedade inclusiva.
Enquanto persistir a ofensiva para destruir o Estado de Direito Democrático, enquanto os serviços públicos de saúde, educação, acção social e outros intensamente implicados na inclusão forem definidos como privatizáveis, nada valem os discursos demagógicos sobre a igualdade que espalham, sem qualquer respeito, os nossos desditosos governantes. Não haja ilusões: se as pessoas com deficiência abrandarem a luta, se se deixarem seduzir por falsas promessas, não caminharemos para a sociedade que inclua e acolha todos os seus membros: a sociedade inclusiva!
Unidade, consciência, mobilização, determinação e firmeza em torno da APD(DDE), apesar dos sacrifícios, tal é o caminho rumo à inclusão, mas esse «caminho longo» há-de ser percorrido em indefectível solidariedade e cooperação com as organizações cuja fidelidade aos nossos projectos/aspirações tenha sido provada. Reivindicar, reclamar, protestar e lutar, eis as portas para a inclusão!...
O porta-voz DDEAPD
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