terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Nota à Imprensa 2008/02

No passado dia 21 de Fevereiro, pelas 9:30 horas, realizou-se no Cine-Teatro de Mourão, uma reunião da Direcção Regional de Évora do STAL, na qual estiveram também presentes os elementos da Comissão Sindical de Mourão.
Nessa reunião, abordou-se a necessidade de proceder à realização de 11 actos eleitorais para novas comissões sindicais, visto que muitas das existentes demitiram-se ou terminaram o seu mandato. Assim, estão previstas para o próximo dia 25/02 eleições no Município de Montemor-o-Novo; 26/02 em Mora; 18/03 no Alandroal e em Vila Viçosa. Em breve, ficarão também definidas datas para as eleições de Borba; Évora; Portel, Redondo, Reguengos de Monsaraz, Vendas Novas, Viana do Alentejo e GESAMB.
Abordou-se também a presente situação social, em particular no que respeita aos trabalhadores da Administração Pública e Local, assistindo-se a um clima de crescente conflitualidade pelas políticas deste Governo PS / Sócrates, com um ataque brutal, como não há memória, aos direitos dos trabalhadores, repetida e brutalmente culpabilizados pela difícil situação em que o país se encontra. A retirada de direitos, a tentativa de quebra do vínculo público e a destruição da estabilidade no emprego, a generalização da precariedade, a degradação continuada do poder de compra e a desvalorização dos salários, as injustiças e contradições do novo sistema de avaliação (SIADAP), o ataque à contratação colectiva, as restrições à liberdade sindical e a privatização de áreas importantes dos serviços públicos, longe de configurarem uma estratégia de poupança efectiva para a economia nacional, constituem uma desresponsabilização preocupante da garantia das funções sociais do Estado e do acesso democrático das populações a estes serviços (cada vez em menor número, com menos trabalhadores e com taxas mais elevadas).
Em relação ao novo regime dos vínculos, carreiras e remunerações, com publicação eminente, considerou-se que estamos perante um assalto à contratação colectiva em benefício da contratação individual, flexibilizando-se a natureza do vínculo e abrindo a possibilidade de despedimentos de forma generalizada. Este novo regime passará a ter apenas três carreiras – técnica, administrativa e operacional – e que em relação às tabelas de vencimentos a mesma deixará de ter as actuais 500 posições para passar a ter 115, reduzindo-se assim substancialmente as progressões nas carreiras, quer através de escalões, quer através de promoções. Estas alterações, representam um ataque sem precedentes à dignidade e segurança de todos os trabalhadores da administração pública e local, com reflexos negativos para o desenvolvimento do país.
A promulgação pelo Presidente da República do Decreto da Assembleia que estabelece o novo regime dos vínculos, carreiras e remunerações dos trabalhadores que exercem funções públicas, não significa, de acordo com Nota emitida pela Presidência, necessariamente “a sua adesão e concordância ao referido diploma” que, e passamos a citar “lhe suscita dúvidas, continua a consagrar soluções pouco claras e transparentes e permite a celebração de contratos de prestação de serviços, que podem implicar uma excessiva e injustificada dependência da Administração Pública relativamente a grandes empresas privadas”. Na prática, esta autêntica febre privatizadora apenas interessa aos grandes grupos económicos, agudizando os problemas dos custos e da qualidade da prestação destes serviços.
Face a este contexto de degradação das condições económicas e sociais foi convocada pelo STAL uma acção de luta da Administração Local, no dia 12 de Março de 2008, com concentração ás 14,30 horas, junto à Secretaria de Estado da Administração Local, com deslocação em manifestação para a residência oficial do Primeiro-ministro.
Para dia 28 de Março, por iniciativa da Interjovem, está igualmente prevista uma grande concentração de jovens em Lisboa, que culminará a campanha que passou por todo o Pais denunciando a precariedade no emprego que, nalguns municípios atinge já cerca de 50% dos trabalhadores com funções permanentes.
Fez-se um balanço dos plenários realizados por todo o distrito, que irão terminar a 5 de Março em Reguengos de Monsaraz, considerando-se que a afluência tem sido boa, com muitos trabalhadores a colocarem questões pertinentes do ponto de vista sindical.
Ficou previsto realizar um Conselho Regional de Delegados (CRD) a 10 de Abril em Évora e realizar a próxima reunião da Direcção Regional no próximo dia 26 de Março em Estremoz.
Por fim, em relação a Mourão puderam os membros da Direcção Regional constatar alguns casos de injustiça laboral, com trabalhadores em situação precária há vários anos, inadequação às regras do Transporte Escolar e às normas de Segurança, Higiene e Saúde no Local de Trabalho, bem visíveis pela ausência de fardamento e de equipamento protector nos trabalhadores operários.
Évora, 2008/02/25

sábado, 23 de fevereiro de 2008

CONTAGEM DO TEMPO DE SERVIÇO

Os trabalhadores devem exigir a mudança de escalão

Porque já não está em vigor a lei que determinava o congelamento da contagem do tempo de serviço para efeitos de progressão nas carreiras, o STAL aconselha todos os trabalhadores que a partir de 1 de Janeiro de 2008 perfaçam o tempo necessário para a mudança de escalão, não contando com o período de tempo em que a contagem esteve congelada, devem requerer a sua efectivação.

A Lei 43/2005, de 29/8, com a redacção introduzida pela Lei 53-C/2006, de 29/12, determinou que o tempo de serviço prestado desde 30/8/2005 até, no máximo, 31/12/2007, não seria contado para efeitos de progressão nas carreiras, a menos que, antes desta última data, entrasse em vigor um novo regime de vínculos carreiras e remunerações.

Não tendo sido publicado o citado “novo regime de vínculos, carreiras e remunerações”, esgotou-se o prazo máximo de aplicação das referidas medidas, pelo que o STAL considera que continua em vigor o disposto no art. 19.º do D. Lei 353-A/89, de 16/10, pelo que após 1 de Janeiro de 2008 o tempo de serviço dos trabalhadores deve recomeçar a ser contado, acumulando ao que foi prestado até 29 de Agosto de 2005.

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Requerimento

....................................., funcionário desta Autarquia, com a categoria…………………….., vem expor e requerer a V.Ex.a o seguinte:

1) A Lei 43/2005, de 29/8, com a redacção introduzida pela Lei 53-C/2006, de 29/12, determinou que o tempo de serviço prestado desde 30/8/2005 até, no máximo, 31/12/2007, não seria contado para efeitos de progressão nas carreiras, a menos que, antes desta última data, entrasse em vigor um novo regime de vínculos carreiras e remunerações.

2) Não tendo sido publicado o citado “novo regime de vínculos, carreiras e remunerações”, esgotou-se o prazo máximo de aplicação das referidas medidas, pelo que, nesta matéria, continua em vigor o disposto no art. 19º do D.lei 353-A/89, de 16/10;

3) Assim sendo e estando o requerente integrado no escalão….. desde……., completou, em…….., o módulo de tempo fixado no mencionado art. 19º do D. Lei 353-A/89, pelo que lhe deve ser imediatamente reconhecido o direito à progressão ao escalão……da respectiva categoria.

Nestes termos, preenchendo o requerente todos os requisitos que, para o efeito, estão legalmente fixados, vem requerer a V.Ex.a a sua progressão ao escalão……, da categoria de…., com todas as legais consequências, como se impõe, de direito e de justiça.

Com os melhores cumprimentos,

O Requerente

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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

XI Congresso da CGTP


Algumas conclusões saídas do congresso

Programa de Acção - consulte aqui

Carta Reivindicativa de Todos os Trabalhadores - Consulte aqui

Resolução Dar Mais Força aos Sindicatos - Consulte aqui

Toda a Informação em:

Reunião Plenária Distrital de Trabalhadores das Autarquias Locais

Em reunião realizada no dia 31 de Janeiro pelas 14:30 horas, no Palácio D. Manuel em Évora, em que participaram cerca de 300 trabalhadores das autarquias locais, bombeiros e empresas municipais e intermunicipais foi feito um balanço da actividade da Direcção Regional de Évora, dadas informações sobre o que devem fazer os trabalhadores que cumpriram o tempo necessário para progredir na carreira e abordado as teses ao XI Congresso na CGTP.

Nesta abordagem às teses ao Congresso foi realizado um panorama da politica desastrosa do Governo PS / José Sócrates que se tem concretizado em aumento do desemprego, aumento do emprego precário, aumento da pobreza – mais de dois milhões de pobres –, desregulamentação das relações de trabalho, inviabilização da contratação colectiva, avanço dos quadros privados nas autarquias locais retirando direitos aos trabalhadores do sector público, cobertura do enriquecimento de alguns, defesa dos interesses dos grandes grupos económicos, privatização da água e outros serviços públicos entre outras questões.

Foi também abordado como irá funcionar o XI Congresso da CGTP onde será apresentado um relatório das actividades desenvolvidas, as filiações internacionais, a perspectiva das tarefas e lutas futuras e a renovação da CGTP. Para representar o STAL Évora, foi apresentada uma lista constituída por José Correia, João Pedro, Paulo Neves e como suplente José Leitão, que no final do plenário foi aprovada por unanimidade.

Conclusões do Plenário Nacional STAL/STML -30/01/2008


Razões acrescidas na luta

No que particularmente concerne ao universo da Administração Local, os trabalhadores são confrontados: _ Com tentativas de aprovação de quadros de pessoal de vínculo privado à margem de qualquer processo negocial; _ Com a aplicação irracional do SIADAP, sem critérios objectivos, em regra sem ter em conta a razão de ser dos serviços e muitas vezes ultrapassando todos os prazos legais; _ Com o congelamento oportunista e ilegal das promoções, falta de regularizações de pessoal contratado, utilização de POC’s e abusos de vários tipos; _ Com o desrespeito pelos direitos e pelas condições de segurança, higiene e saúde no trabalho; _ Com as intenções anunciadas pela Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP), sem qualquer tentativa negocial com os sindicatos, de procurar um sistema alternativo à ADSE que configura claramente a destruição daquele direito e património dos trabalhadores e a sua substituição por um sistema dominado pelos interesses das seguradoras; _ Com tentativas diversas para, unilateral e ilegalmente, serem impostos de forma prepotente pretensos «regulamentos» que sonegam o direito de negociação, criam arbitrariedade, desregulamentam de facto as relações laborais e atingem direitos imprescindíveis.; _ Com o crescimento do processo de empresarialização e privatização de serviços diversos, nos quais importa, para além do combate em defesa dos serviços públicos, garantir os direitos dos trabalhadores, com vínculo público e privado, nomeadamente através da exigência do direito à Contratação Colectiva e da eliminação de discriminações laborais;
Ver resolução completa aqui

Nota Informativa Nº 1 / 2008

Aos Associados do STAL

No passado dia 17 de Janeiro, pelas 10:00 horas, realizou-se na sede da Delegação Regional de Évora do STAL a primeira reunião dos novos dirigentes regionais do STAL, e que contou também com a presença dos membros da Mesa da Assembleia Geral (ambos empossados no passado dia 11 de Janeiro).

Nesta reunião, elegeu-se o novo Coordenador Regional de Évora do STAL, José Correia (Câmara Municipal de Évora), o seu substituto, João Pedro Paulo (CM Borba), o Tesoureiro, Paulo Neves (CM Montemor-o-Novo) e o seu substituto Paulo Esperança (CM Évora).

Definiu-se também que, para operacionalizar as decisões da Direcção Regional dever-se-ia criar uma comissão executiva que ficou constituída pelos seguintes membros: António Galveias Mendes (CM Évora), Bento Pereira (CM Alandroal), João Pedro Paulo (CM Borba), José Correia (CM Évora), José Leitão (CM Vendas Novas), Paulo Neves (CM Montemor-o-Novo) e Valter Lóios (CM Arraiolos).

Acordou-se que as reuniões da Direcção Regional serão realizadas todas as terceiras Quintas-feiras de cada mês, de forma descentralizada, para se poder ter um contacto mais próximo com os trabalhadores da Câmara, Juntas, Bombeiros ou outra estrutura do município onde se realiza a reunião e poder envolver a Comissão Sindical nessa mesma reunião. Assim, a próxima reunião da Direcção Regional irá realizar-se em Mourão.
A Comissão Executiva reunirá na segunda e quarta Quinta-feira do mês.

Procedeu-se também à eleição dos membros da DR de Évora que irão integrar o Conselho Geral do STAL: Maria Helena Faria (C.M. Estremoz), António Falé (C.M. Viana do Alentejo), Paulo Esperança (C.M. Évora) e António Russo (Assoc. Bombeiros de Arraiolos).

No quadro da presente situação social e política, considera-se particularmente preocupante para os trabalhadores da administração local que este Governo pretenda manter congelada a progressão nos escalões de forma ilegítima, ao abrigo das normas que vierem a ser definidas no regime dos Vínculos, Carreiras e Remunerações ou sej, ao abrigo de algo que ainda não é Lei, não cumprindo assim o Dec-Lei nº 353-A/89 que estabelece a progressão no escalão automática. Nestes casos, e respeitando a boa-fé negocial, todos os trabalhadores que entretanto reunam o tempo necessário para tal, deverão exigir aos seus municípios a actualização das subidas de escalão, com efeitos imediatos;

No dia 24 de Janeiro, realizou-se uma concentração de dirigentes e activistas sindicais das autarquias locais, entre as 11:30 e as 12:30, frente do Ministério das Finanças em Lisboa, com o objectivo de exigir a revisão intercalar dos salários e a aplicação do descongelamento das carreiras em Janeiro de 2008, protestando também contra a degradação do poder de compra de todos os trabalhadores. Os dirigentes e activistas distritais do nosso Sindicato marcaram uma presença muito significativa nesta acção;

Ainda nesse dia, estes activistas juntaram-se aos restantes sectores sindicais na acção de protesto contra a pressão exercida pela CIP, junto do Governo, procurando condicionar de forma inadmissível a actualização dos salários dos trabalhadores da Administração Pública, face à perda continuada do seu poder de compra, e assistindo-se, por outro lado, à degradação progressiva da qualidade dos serviços públicos, essenciais à qualidade de vida das populações, e a tentativa da sua transferência para os sectores privados da nossa economia;

No dia 30, realizou-se em Lisboa um grande Plenário Nacional das estruturas do STAL e do STML. Apesar de atravessarmos um momento de significativa renovação e revitalização nas estruturas concelhias e da nossa organização interna no plano distrital, a presença dos dirigentes e delegados sindicais do distrito neste Plenário nacional atingiu uma expressão assinalável. No final, foi aprovada por unanimidade uma Moção de protesto, exigindo uma mudança nas políticas deste Governo para a Administração Pública. O Plenário encerrou com uma manifestação até à Secretaria de Estado da Administração Local, tendo sido entregue um documento, exigindo a recuperação do poder de compra, o respeito dos direitos laborais e a salvaguarda dos serviços públicos.

A resolução aprovada no decorrer desta iniciativa, aponta para a intensificação das acções de luta nos próximos meses. Os dois sindicatos fixaram um prazo até 14 de Fevereiro para que o Governo abra negociações, findo o qual desencadearão um conjunto de acções de protesto. Até ao final deste semestre, as duas estruturas irão realizar uma conferência sindical para debater e analisar questões de organização e orientações da acção reivindicativa para o sector da Administração Local.

Évora, 2008/01/30

A DIRECÇÃO REGIONAL DE ÉVORA DO STAL

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Mensagem de Abertura

No actual contexto caracterizado por desigualdades sociais, precariedade e desemprego, resultado da aplicação de politicas que desregulamentam as relações laborais, torna-se fundamental o reforço da luta.

Essa intervenção tem de partir da acção diária dos trabalhadores, delegados e dirigentes sindicais nos seus locais de trabalho, construindo aí os elos de transformação da realidade, na defesa dos direitos individuais e colectivos.

De forma a consolidar as dinâmicas já existentes é essencial a utilização das novas tecnologias de informação e de todas as suas potencialidades na difusão de ideias e princípios.

Nesse quadro, se cria este espaço, com o qual se pretende estabelecer uma ligação permanente entre trabalhadores e Órgãos Regionais STAL/Évora, garantindo dessa forma o acesso à informação sindical bem como, o contínuo estímulo à interacção, com base na partilha de problemas, anseios e conquistas, em defesa de uma sociedade mais justa, solidária e fraterna.